Autenticação Digital: quais são os principais métodos?

Vivemos em uma época na qual a transformação digital é uma realidade presente no dia a dia de praticamente todas as empresas e pessoas, e os métodos de autenticação digital de usuários para evitar fraudes de falsidade ideológica é um assunto muito presente. Se implementada de maneira correta, essa estratégia protege os consumidores contra a violação dos seus dados e afasta o risco de prejuízo e dor de cabeça para a empresa e seus clientes.

Os métodos de autenticação são formas tecnológicas para confirmar que os usuários são legítimos e autênticos, comprovando que quem reivindica algum tipo de acesso é, de fato, a pessoa que afirma ser.

Sendo assim, podemos afirmar que os métodos de autenticação são ferramentas tecnológicas que tem como objetivo verificar a identidade de uma pessoa no mundo digital, sem que haja a necessidade da presença física dela para isso.

Mas você sabe quais são os principais métodos de autenticação digital e sua importância? Continue a leitura para aprender!

O que é autenticação digital?

Com o objetivo de inibir que fraudadores ou outras pessoas com más intenções possam se passar por cidadãos idôneos, usando os dados de terceiros para cometer fraudes e outros tipos de crimes, a autenticação digital é o processo online pelo qual se consegue comprovar a identidade de uma pessoa sem que ela precise estar fisicamente presente em determinado local para realizar algum tipo de operação, processo ou transação.

Quais são os tipos de autenticação digital?

Para definir quais são os métodos de autenticação mais aderentes ao negócio, é necessário determinar os níveis de complexidade e sofisticação, pois somente dessa maneira é possível identificar categorias e quantos fatores serão utilizados. A seguir, veja quais são essas categorias.

Informação que o usuário saiba

Para conseguir ser autenticado e ter o acesso liberado, o usuário precisa necessariamente saber alguns dados como nome, senha, data de nascimento, PIN, etc.

Essa categoria é uma das mais conhecidas e simples de ser utilizada, porém, pode facilmente ser burlada quando um terceiro consegue descobrir esse tipo de dado, ainda que o faça de forma grosseira, como um simples processo de tentativa e erro.

Informação que o usuário receba

Nesta categoria, para o usuário conseguir ser autenticado e ter o acesso liberado, ele precisa receber os dados para conseguir determinado acesso. Por exemplo: com um celular, ele recebe um código de validação por SMS ou e-mail. Outro bom exemplo é o aplicativos geradores de códigos para liberar o acesso.

Trata-se de uma maneira mais segura que a anterior, pois exige a posse do cartão ou do token, mas mesmo assim não é à prova de riscos, pois técnicas de engenharia social já se mostraram bastante eficientes para burlar esse tipo de dado em alguns casos.

Características físicas do usuário

O método de autenticação mais rigoroso, pois utiliza fatores que, em tese, não podem ser copiados, como a biometria. Um ótimo exemplo é o reconhecimento facial, mas há também impressão digital, reconhecimento de voz, íris, etc.

homem branco utilizando um celular para realizar uma autenticação digitalO que é autenticação digita

Quais são os principais métodos de autenticação digital?

A grande variedade de métodos de autenticação digital pode deixar as pessoas um pouco confusas, afinal, existem desde modelos mais sofisticados, com várias etapas de autenticação ou que necessitam de uma característica específica do usuário, até aqueles mais simples, em que só basta ter uma combinação de números e letras.

Logo abaixo, vamos apresentar para você as principais opções de métodos de autenticação.

Token

Utilizado em diferentes plataformas, o método por token é um padrão no mercado. Ele é um método bastante comum para fazer a autenticação de sistemas web em que há a relação entre quem utiliza e o servidor. 

A autenticação via token funciona da seguinte forma: o usuário coloca o login e a senha e é gerado um token que dá a permissão para ele entrar no site ou aplicativo para utilizar os recursos em um tempo determinado, sem que ele precise realizar o login novamente.

Autenticação por SMS

Geralmente, esse é um tipo de autenticação de duas etapas. Primeiro, o usuário faz o login para acessar a plataforma e para concluir o login, ele deve confirmar quem ele é por meio de um código numérico.

É um tipo de autenticação muito utilizada quando o usuário esquece a senha ou precisa entrar em uma plataforma online.

Autenticação de chave pública e privada

É um tipo de autenticação dividida em duas chaves: uma pública e outra privada. Uma é usada para codificar e a outra é usada para decodificar. A chave pública é disponibilizada para qualquer usuário que está no sistema ou servidor, já a chave privada fornece acesso apenas ao usuário, e só ele possui a criptografia dessa chave. 

Por exemplo: uma determinada pessoa mandou uma mensagem com a chave pública. O outro usuário que irá receber a mensagem deve usar a chave privada. Para responder, no entanto, ele terá que usar a chave pública.

Autenticação de chave simétrica

É um tipo de autenticação que utiliza uma chave para autenticar. 

Nesse caso, é usada apenas uma chave para a autenticação. Ao contrário da anterior, é a mesma chave para codificar ou decodificar, o que pode ser uma desvantagem para acessar informações públicas, já que todos devem ter a chave. 

Nesse tipo de autenticação, o usuário compartilha uma chave com o servidor, então, quando há o envio de mensagem, ela é decodificada utilizando a mesma chave. Quando o servidor reconhece o padrão, ele autoriza o usuário.

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Autenticação contextual

Determinados sistemas podem ter uma configuração de acesso um pouco diferente. A maioria das plataformas exige algum tipo de senha colocada pelo próprio usuário para garantir o acesso. Na autenticação por contexto, a confirmação da identidade acontece de forma confidencial, com base em fatores como localização do dispositivo ou do endereço de IP.

Geolocalização

Uma outra forma de autenticar o usuário é por meio da sua localização. Essa é uma forma de confirmação que funciona não só para indicar que a pessoa é realmente quem diz ser, mas também ajuda a definir informações importantes, principalmente quando se trata de uma troca de arquivos.

Com essa autenticação, é possível saber pela verificação do local de armazenamento de um arquivo, se um documento foi gerado em uma localidade e modificado em outra, facilitando a descoberta de um documento corrompido, por exemplo.

Autenticação centralizada

Esse modelo não tem tanta relação com o meio, mas com a possibilidade de ingresso. Isso acontece porque a forma de o usuário ter acesso pode ser por senha ou token, mas essa autenticação garantirá que ele possa logar em uma série de outros serviços. Isso significa que o usuário não precisa de outro login para acessar. 

É muito comum ver esse tipo de autenticação em redes sociais. A senha de uma pode ser usada para entrar em outros produtos da empresa, por exemplo, como é o caso do LinkedIn e do Instagram.

Autenticação de identidade digital

Esse é o tipo de autenticação mais rigoroso, pois necessita de uma série de informações para que o usuário confirme o acesso. Geralmente, ela utiliza a combinação de dados, como localização, comportamento, dispositivo, endereço de e-mail e outros.

Por ser bastante exigente, ela costuma ser bem segura, exigindo, inclusive, que o utilizador esteja em tempo real para responder às perguntas.

Certificado digital

O certificado digital possui uma forma de autenticação um pouco mais específica. Tem como objetivo chegar se certo processo está de acordo com todas as diretrizes de segurança. Em muitos casos, pode ser visto como uma espécie de identidade digital, sendo utilizado pelo usuário para ser reconhecido em outros sistemas e plataformas.

O certificado digital fornece uma chave privada ao usuário, além de uma assinatura digital por meio de um PIN, que autentica a assinatura de documentos.

Outras plataformas

Esse é um tipo de autenticação que segue bem o princípio da centralizada, mas não é preciso que sejam os serviços da mesma empresa. Chamada de e-authentication, aqui a relação é entre o login e a senha de outras plataformas. 

Por exemplo: alguns aplicativos podem proporcionar o cadastro de acesso e deixar que se use o login de uma rede social para entrar. Sendo assim, em vez do usuário criar uma nova identificação, ele pode entrar diretamente se já estiver logado na rede social. 

Essa autenticação pode não ser tão segura, já que você fornece seus dados a outra plataforma, mas facilita o acesso, uma vez que não é preciso criar uma senha diferente.

teclado de um computador com cartão de crédito e cadeadoAutenticação digital: o que é

Como ocorre o processo de autenticação?

Apesar de serem os métodos de autenticação mais utilizados atualmente no mercado, não quer dizer que eles são menos seguros ou que não resolvam bem a maioria das dores das empresas. Inclusive, alguns métodos possuem a tendência a ter a mesma estrutura, porém organizada de maneira diferente. 

Confira agora quais são os principais processos.

Senhas ou PINs

Utilizadas em praticamente todos os tipos de validação, as senhas e os PINs são números que, em teoria, somente o usuário legítimo tem conhecimento. De posse da sequência correta desses algoritmos, o usuários consegue comprovar em um primeiro momento que é ele que solicita o acesso, e não uma pessoa se passando por ele.

Biometria

A autenticação por biometria é realizada por sistemas capazes de ler as características físicas únicas de cada usuário. Isso faz com que seja possível afirmar, com bastante efetividade, que o usuário é quem diz ser quando solicita um acesso.

Autenticação de dois fatores

Uma combinação dos métodos de autenticação citados anteriormente, a autenticação de dois fatores é uma camada extra de segurança para usuários e empresas.

Também conhecida como 2FA, é uma etapa além da senha ou PIN do usuário para garantir que uma pessoa, quando tenta realizar o login em um ambiente protegido, realmente é quem diz ser e não um fraudador tentando cometer um crime. 

Os casos mais comuns de uso do segundo fator de autenticação são aqueles nos quais um SMS ou um código é enviado para um e-mail cadastrado pelo usuário, que tem a obrigação de acessá-lo para fazer a autenticação. 

Qual é a importância da autenticação de identidade?

No mundo atual em que vivemos, autenticar a identidade em ambientes digitais é uma forma extremamente importante para garantir a segurança dos dados que ali trafegam, tanto para a empresa quanto para o próprio usuário. 

Do ponto de vista das empresas, os benefícios vão desde melhorar a experiência dos clientes até a economia com ações judiciais longas e custosas, que podem surgir a partir da invasão de uma conta. Isso tudo sem citar os prejuízos financeiros diretos com estornos, multas etc., que são evitados ao se fazer uma autenticação eficiente. 

Enquanto isso, para os usuários, a certeza de trafegar em um ambiente seguro e com dados sensíveis protegidos é o grande ganho.

Qual é a relação com a gestão e a segurança da informação?

Adotar métodos de autenticação que possam checar identidades sem gerar qualquer tipo de problema com o usuário é uma preocupação constante das empresas atentas às tendências da transformação digital.

Para que isso aconteça, é necessário investir em meios modernos de autenticação, capazes de cruzar rapidamente grandes quantidades de dados, deixando as soluções de autenticação cada vez mais sofisticadas e discretas à percepção do usuário. 

É importante ressaltar que as empresas precisam pensar na experiência do usuário, encontrando soluções flexíveis e que consigam oferecer um leque de opções de autenticação, para que o usuário possa escolher o meio mais conveniente para si.