Fraude de Identidade: conheça 4 características das fraudes no segmento de viagens

As fraudes de identidade podem gerar diversos danos para as empresas dos mais variados segmentos. Atualmente, os incidentes são cada vez mais frequentes e sofisticados, obrigando as empresas a tomarem medidas preventivas, visando reduzir os riscos e prejuízos.

Um dos segmentos mais visados por fraudadores é o de viagens, já que oferece oportunidade de lucro alto e rápido. Pensando nisso, preparamos este artigo com quatro características valiosas das fraudes no segmento de viagens para você ficar por dentro e se prevenir.

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O que é a fraude de identidade?

A fraude de identidade é uma prática criminosa em que o fraudador se passa por uma outra pessoa para obter benefícios indevidos, como abrir contas bancárias, contratar serviços, realizar compras online, entre outras atividades.

Em um primeiro momento, o fraudador realiza o roubo de identidade, acessando informações pessoais de terceiros. Podem ser roubados o CPF, o RG, a carteira de motorista, o passaporte, os dados bancários e muitos outros.

A fraude de identidade acontece em um segundo momento, com o uso indevido das informações que foram roubadas. Em outras palavras, significa se fazer passar por outra pessoa, com o objetivo de conseguir vantagens, como financiamentos e empréstimos.

Um dos grandes desafios envolvendo as fraudes de identidade é a grande dificuldade para a sua identificação. Por se tratar de uma ação silenciosa, muitas pessoas que têm seus dados roubados não se dão conta de que estão sendo vítimas.

Geralmente a descoberta acontece quando a vítima está na viagem. Nesse momento, muitos são informados da fraude, dando início a uma luta burocrática.

Fraude de identidade: o que é

Por que o passaporte eletrônico está se tornando tão famoso mundialmente?

Com o avanço da tecnologia, os países adotam medidas de segurança cada vez mais avançadas para as viagens internacionais, tornando indispensável a utilização dos e-Passports.

Este tipo de passaporte é muito mais seguro do que o seu equivalente em papel padrão, pois dá aos governos a capacidade de confirmar rapidamente a identidade dos viajantes que entram nas suas fronteiras, reduzindo o risco de fraude ou contrabando. 

Além da segurança, a tecnologia também torna os controles aduaneiros mais rápidos, o que significa que longas filas de espera nos aeroportos são muito menos prováveis de ocorrer quando se viaja com um passaporte eletrônico.

É uma fraude menos arriscada para o fraudador

Quando a ocorrência da fraude envolve a entrega de um produto, o fraudador precisa se expor de alguma forma, pois precisa garantir o recebimento, seja com uma entrega em local a que ele tenha acesso, seja conseguindo parceiros na cadeia de entrega.

Quando falamos do segmento de viagens, não é necessário alterar os dados de endereço do comprador, pois a reserva será recebida por e-mail. Como na maior parte dos casos, o fraudador não será o passageiro, ele se expõe menos, pois não precisa se apresentar pessoalmente no local de embarque, não comprometendo um endereço ligado a ele ou a pessoas relacionadas a ele, 

Esse fator torna a atuação de prevenção à fraude mais complexa, pois o fraudador precisa alterar menos dados no cadastro do usuário. Mesmo assim, é muito comum a compra de passagens autênticas para terceiros nesse segmento (pais comprando para filhos, amigos comprando para amigos, etc), com alteração do e-mail de envio da reserva para que o passageiro tenha os documentos de viagem. Ou seja, há menos evidências para diferenciar as transações autênticas das transações fraudulentas do que há nos pedidos do e-commerce tradicional.

A “revenda” acontece antes da fraude

Um fraudador do varejo comum tem como foco produtos que sejam a melhor combinação entre alto valor e velocidade de venda, como por exemplo, aparelhos celulares. Nesse sentido, ele precisa ter sucesso na fraude e receber o produto para poder lucrar.

Já com viagens, a situação se inverte. O fraudador precisa saber o trecho, data e hora que irá vender para poder lucrar com a fraude. Isso muitas vezes implica em primeiro vender uma passagem e depois realizar a fraude para obtê-la. Ou seja, mesmo que o passageiro seja impedido de embarcar, o fraudador já lucrou com a venda.

O passageiro nem sempre sabe que sua passagem é fruto de uma fraude

Existem casos de anúncios de fraudadores passando-se por agências de viagens que possuem preços especiais para atrair clientes e, por consequência, muitos passageiros chegam ao aeroporto sem imaginar que participaram de uma fraude. Muitos deles acreditam que pagaram a um agente de viagens por suas passagens e por isso, tem direito de embarcar.

Isso exige das empresas aéreas muita destreza no atendimento ao cliente para não causar impactos negativos em sua própria imagem. Por outro lado, se bem feito, esse contato pode gerar importantes inputs sobre o fraudador e ajudar na prevenção de novas fraudes.

Timing é tudo.

No mercado varejista, o fraudador consegue até optar por uma entrega expressa, porém, o prazo sempre começa a contar a partir do momento em que a compra foi aprovada, logo após a liberação de crédito e a autenticação antifraude. Esse tempo de aprovação costuma ser fixo (ou com limite fixo), o que pouco impacta no sucesso da fraude.

Na compra de passagens aéreas, a lógica é inversa: o voo tem dia e horário para acontecer, o que significa que comprar com muita antecedência aumenta a probabilidade do indivíduo fraudado notar o débito em seu cartão, reportar a fraude e a passagem ser cancelada.

Mesmo já tendo lucrado com a passagem, quanto mais tempo o fraudador conseguir manter-se com sucesso, mais clientes terá sem precisar mudar anúncio, local de “atendimento”, etc. Vale lembrar o que mencionamos anteriormente: os fraudadores funcionam como empresas e buscam por maior lucratividade.

O que é fraude de identidade

A importância na escolha de uma ferramenta antifraude

Por conta dessas características que citamos acima, a fraude no segmento de viagens precisa de uma atenção especial. Por conta da atratividade do segmento, os fraudadores inovam frequentemente na forma de ataque, encontrando novos pontos de fragilidade a todo momento, o que exige que a solução de prevenção à fraude tenha o mesmo dinamismo.

Portanto, soluções genéricas de prevenção tendem a ser menos eficazes, já que são mais lentas na detecção e reação às mudanças de comportamento de compra. 

Manter baixos níveis de fraude sem impactar a receita, não é tarefa fácil, mas a escolha da plataforma adequada pode trazer um equilíbrio saudável entre essas variáveis. Vale a pena investir na busca do melhor parceiro para a sustentabilidade de seus negócios e na garantia de mais tranquilidade no dia a dia.